
O Nepal foi uma surpresa super agradável. Teríamos perdido esta experiência se não fosse a sugestão de Ines e Angel, um casal de espanhóis que encontramos em Bali. Muito obrigado pela dica!! E desde já recomendamos a todos que visitem o Nepal. Deixamos o país com a certeza de que foi o lugar que mais gostamos em nossa passagem pela Ásia. O Nepal reúne paisagens espetaculares, com as montanhas do Himalaia ao fundo, vilas que parecem ter parado no tempo a 200 anos atrás, com uma cultura muito rica. O país é muito pobre, mas bem mais limpo do que a Índia e com um povo bastante agradável. Existe uma infinidade de possibilidades de trekking, com uma boa infra-estrutura para o turismo.
As fotos 1 a 5 mostram alguns detalhes de Kathmandu, uma cidade caótica, mas muito interessante. A praça principal, chamada Durbar, é espetacular (embora esteja em um estado não muito bom de conservação), com palácios de mais de 300 anos. Nesta praça pudemos ver alguns aspectos da rica e interessante cultura Nepali.
Parte da população do Nepal segue o hinduísmo e outra parte o budismo. Em Kathamndu visitamos templos budistas (fotos 6 a 10) e tivemos contato com a cultura do Tibete. Há cerca de 50 anos a China invadiu o Tibete e anexou-o a seu território. Essa invasão provocou a saída do Dalai Lama (líder espiritual e político do Tibete) para o exílio na cidade de Dharamsala, na Índia. Desde então, a China vem gradualmente acabando com a cultura tibetana. Dos 6000 monastérios que existiam antes da invasão chinesa, restam apenas 6. Além disso, a China vem forçando a migração de chineses para o Tibete. Desde a ocupação, o Dalai Lama vem buscando uma saída pacífica, que permita que o povo tibetano tenha ao menos liberdade de expressão e de religião no Tibete ocupado. Milhares de tibetanos deixaram o país e são hoje refugiados. O Nepal recebeu um grande número de refugiados tibetanos, que puderam construir templos e praticar sua religião e cultura (fotos 11 a 15). Durante as Olimpíadas de Pequim são esperadas várias manifestações de repúdio em relação à maneira como a China trata a questão do Tibete.
Deixando Kathmandu fomos para Pokhara, centro de partidas de trekkings para o Anapurna. Fizemos um trekking de 5 dias, avistando as principais montanhas da região e seus picos com mais de 8000 metros (fotos 16 a 25). É um passeio fantástico, passando por vilas onde só chega à pé ou em lombo de burros. Um dos melhores momentos foi a vista do nascer do sol em um lugar chamado Ponhill, de onde pode se ver o pico Daulagiri. De volta à Pokhara, aproveitei para fazer a barba em um dos salões super decorados do local (foto 26).
Retornamos então à Kathmandu e visitamos a sensacional cidade de Bakhtapur (fotos 27 a 36). Esta talvez seja a cidade com a arquitetura mais bem preservada do Nepal. Suas praças, templos e prédios são espetaculares. Passeio imperdível para quem for ao Nepal.
De volta à Kathmandu e antes de partir de volta para a Índia, visitamos o templo hindu de Pashupatinath. Neste templo são feitas as cremações dos hindus que morrem em Kathmandu (foto 37). É um local bastante interessante e as cremações são totalmente diferentes daquelas que vimos em Bali. Não tem a alegria dos balineses e o clima é bem mais sério. Nesse templo encontramos os famosos sadhus (fotos 38 ao final), que são considerados homens sagrados na cultura hindu. Cada figura! Os da última foto estavam em um papo cabeça.... rssss.
Deixamos então o Nepal, voando para Varanasi na Índia. Que diferença! Contaremos no próximo post. Até lá.
