terça-feira, 31 de julho de 2007

Antes de tomarmos a decisão de que íamos realmente viajar, caiu em nossas mãos uma matéria de revista que contava a história de pessoas que resolveram mudar radicalmente suas vidas. Entre os vários entrevistados, um foi perguntado o que tinha sido o mais difícil na sua viagem. A resposta? "Partir", ele disse. Concordo plenamente com ele e acrescento mais: partir para uma viagem longa exige muita burocracia...
1- ter que explicar para todo mundo que não, vocês não enlouqueceram, apenas decidiram fazer uma viagem longa;
2- ter que explicar para todo mundo que não, vocês ainda não tem um roteiro fixo, e nem precisam;
3- ter que explicar para um gerente de banco ultra desconfiado que você vai juntar todas as suas economias e vai viajar por bastante tempo;
4- ter que explicar para um gerente de banco ultra desconfiado que o FGTS que você está sacando é realmente seu e que você não está dando nenhum golpe no governo brasileiro;
5- ter que explicar para o seu avô que não, você não arrumou um emprego na Europa e apenas não quer contar para ninguém até chegar lá;
6- ter que explicar para todo mundo que não, você não foi demitido por justa causa, mas sim, decidiu sair por conta própria (neste momento o mundo se dividirá em dois tipos de pessoas: os que dizem que estão morrendo de vontade de ir junto e os que dizem que você foi louco de deixar "um empregão");
7- e por fim, ter que explicar para todo mundo que não, você não é milionário e nem deu nenhum golpe, apenas economizou por 4 anos;

Um comentário:

Daisy Dalberto disse...

Enrico e Luciana,
cá estou eu, 2 anos depois de vcs tomarem a decisão de partir, consultando o blog da viagem de vocês para organizar minha próxima viagem de mochila, a segunda de muitas que pretendo fazer.
Só queria comentar que esse post me inspirou muito, e que, com certeza, o tempo que tenho para viajar é muito, muito curto. E eu sou uma daquelas pessoas que diria a vocês: "estou morrendo de vontade de ir junto".
Enfim, parabéns pela viagem. Tenho certeza que vcs não se arrependeram nenhum momento em ter feito o que fizeram.
Abraços,
Daisy